terça-feira, 21 de setembro de 2010

O Rio Mondego

O Rio Mondego nasce na Serra da Estrela e tem sua foz no Oceano Atlântico, na cidade de Figueira da Foz. Ele banha a cidade de Coimbra e é o maior rio português que possui seu curso inteiramente contido em seu território. Os romanos o chamavam de “munda”, que significa claridade, transparência e pureza.
Rio Mondego

Vista do Rio Mondego da minha sala de aula

Sentado em minha cadeira da sala de aula, é possível vê-lo, basta inclinar um pouco a cabeça para poder ter uma visão fantástica. Às vezes, andando sem rumo pelas ruelas ao lado das faculdades do ”Polo I”, é inevitável me arrepiar todas as vezes que o vejo. É uma paisagem única que te dá a sensação de liberdade e uma paz interior fora do normal.
Em um domingo, resolvemos conhecê-lo mais de perto. Passamos pela Praça da República, descemos a Av. Sá da Bandeira, passamos em frente ao Mercado D. Pedro V, cruzamos a Praça 8 de Maio, onde se encontra a igreja de Sta. Cruz, e caminhamos em direção à Ponte de Santa Clara. A caminhada durou cerca de 25 minutos, que foram recompensados posteriormente com a maravilhosa paisagem.

Parque Verde do Mondego

Ao chegar no Rio Mondego, caminhei pelo Parque Verde do Mondego em frente à Ponte Pedonal Pedro e Inês. As árvores têm aspecto diferente, seu tronco é reto como nos desenhos animados ou aqueles que fazíamos quando crianças e o verde das folhas mais escuro. A disposição delas em retas perfeitas nos passava uma impressão de organização e limpeza.

Ponte Rainha Santa Isabel ao fundo
Sentei à beira do rio e observei a Ponte Rainha Santa Isabel. Mais tarde, caminhando perto da margem, observava atentamente cada detalhe, assim como fez Luís Vaz de Camões:

Doces águas e claras do Mondego,
doce repouso de minha lembrança,
onde a comprida e pérfida esperança
longo tempo após si me trouxe cego:

de vós me aparto; mas, porém, não nego
Que inda a memória longa, que me alcança,
me não deixa de vós fazer mudança;
mas quanto mais me alongo, mais me achego.

Bem pudera Fortuna este instrumento
d' alma levar por terra nova e estranha,
oferecido ao mar remoto e vento;

mas alma, que de cá vos acompanha,
nas asas do ligeiro pensamento,
para vós, águas, voa, e em vós se banha.
                                       Luís de Camões

Um comentário:

  1. Oi Renan,

    que bom acompanhar você pelo blog.

    gostei de conhecer um pouco mais do Rio Mondego.

    Miriam

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